Medo de ser esquecida | Como ser lembrada pelas pessoas

 São Paulo, 09 de Agosto de 2022




Quando você é esquecida dá uma sensação de não ter importância. Quem tem medo de ser esquecida? Eu tenho esse medo. Afinal, quem não é visto não é lembrado, diz o dito popular que já virou crença. E em tempos de redes sociais e tempo líquido é preciso aparecer todo tempo em todos os lugares, não é assim mesmo? Essa ideia de todo tempo em todo lugar te afasta ainda mais dos ciclos naturais. E os ciclos naturais são a vida em sua plenitude. Acontece que se pensar direitinho você vai notar que este é o caminho mais curto para o adoecimento emocional e físico. Ansiedade em alta. Faz sentido? 

Nós somos parte do grande sistema da Vida no planeta Terra. Somos um sistema que compõe outros sistemas maiores. E há um ritmo, uma pulsação e ciclos que organizam os sistemas. A pulsação da vida expande e contrai. Os ciclos de vida-morte-vida renova o planeta a cada dança das estações. Nós, humanas, fazemos parte. E ao sair do ritmo, ao mudar o beat do pulso ao romper com os ciclos, adoecemos. 

Toda a natureza vai de um jeito e nós seguimos contra a maré. Exaustas e adoecidas. Como retomar o ritmo, os ciclos e ainda ser lembrada pelas pessoas numa sociedade que não dorme e hiperconectada? Como não ser substituída ou esquecida? Eu não sei. 

O que sei é: Quem quiser se reconectar com seu eu real, com os ritmos e ciclos da natureza e ter uma nova vida com saúde, liberdade, leveza e equilíbrio emocional vai permanecer onde a vida plena é valor real. Onde o respeito é acontece na prática e é autêntico. 

Por esta razão, mulher eu decidi respeitar o ritmo e recolher no inverno, preparar o solo para os novos projetos e ficar um pouco mais no planejamento, nos estudos, nas pesquisas - aspectos que me nutrem a alma e a mente - para ter com o que contribuir quando a primavera chegar e eu voltar a expandir. Abrir minhas pétalas e apresentar para vocês o que nasceu deste recolhimento. 

Por que estou te contando isso? Por que quando você não pára e se recolhe quando é tempo de se recolher; quando você vive correndo, sempre pronta a atender o ritmo do mercado, da família, dos filhos como se o mundo fosse acabar amanhã se você não descansasse, a VIDA pára você e te mostra a dor de puxar o freio de mão. 

Se te ensino nos cursos e na Roda de Cura, se te ajudo a ver no consultório de alívio da ansiedade a importância de voltar aos ciclos naturais e respeitar seu ritmo, o mínimo que posso fazer para honrar sua confiança em mim e minha existência é praticar o que ensino. Coerência é a palavra. 

Por isso, mesmo com medo de ser esquecida, estou seguindo meu ritmo e respeitando os ciclos de recolhimento e expansão da natureza. Quando a expansão chegar a seu ápice você poderá testemunhar e participar do desabrochar de mais uma mandala de cura. 

Então, se está lendo esse texto, me conta nos comentários: O que você me perguntaria se pudéssemos tomar um café juntas?

Sigamos na Estrada!

Com Amor,

Maria Cláudia Cabral | Aika

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